sábado, 16 de janeiro de 2010

Dor


Eu odeio acima e a respeito de tudo
Essa saudadezinha vazia
Esse meu coração apertado
Eu odeio...

Eu odeio a minha alegria tosca
Ao sinal de qualquer carinho
Eu odeio esperar
E ter esperança.

Odeio que não tenha fim
Odeio o coração acelerado
E sobre tudo essa falta sem sentido

Odeio o meu perdão
E qualquer lembrança
que transborde meu coração de afeto

Odeio meu contentamento de miséria
E de gostar do pouco
Ao invés do todo...

Odeio muito meu sorriso satisfeito
Por um gesto minúsculo e simples
Odeio a ausência
e odeio gostar da presença

Odeio minha culpa
minha cisma
Odeio o que você me causa
Odeio esse amor!

Amanda Cellis

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